A iminência quanto ao
evangelho, para está geração, está intimamente ligada às decorrências da
pecaminosidade desenfreada do homem. É de práxis humana não se conformar como o
mundo, que vem sendo regido; entretanto, sua preocupação é infundada à partir
do momento em que ele não reconhece o seu papel, como componente do mundo, e um
futuro cooperador para verdade cristã. Costumava pensar comigo mesmo que, a
humanidade, ao decorrer do tempo, havia perdido o significado e o sentido de
algumas palavras, como: amor, amigos, vida etc. Confesso que, durante esse
momento, não vivia um tempo tão esclarecido como agora, porém, mantenho o
posicionamento de que a semântica não confirma a prática das palavras, e nem,
muito menos, os seus atos e ações; não obstante, a respeito do pouco efeito
dessas palavras hoje, e a maneira pela qual esta é regida, se confirmam por
meio das palavras de Jesus:
10 “Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos
outros, e uns aos outros se odiarão.
11 E
surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
13 Mas aquele que
perseverar até ao fim, esse será salvo. ”
(Mateus 24: 10 a 13)
Apenas para não perdermos a veia
teológica, e fazendo uma boa aplicação do texto em Mateus 24, em concordância
com os estudos, seu gênero se encaixa inteiramente no que eles nominam como gêneros
apocalípticos. Acostumaram-nos a aprender, que apocalipse se trata somente de
uma realidade futura, mas, muito mais do que futuro, o gênero apocalíptico está
ligado a algo presente, e, aplicado a boa hermenêutica, o esfriamento do amor é
real em nosso tempo, diferente do que aconteceu no passado.
Como bons cooperadores desse reino,
devemos prestar fidelidade a ele com total entrega de nossas vidas. Nos tempos
passados, quando prisioneiros eram capturados, e eram submetidos a serem
escravos, estes mesmo deveriam jurar fidelidade ao rei. A realidade de sermos
escravos do pecado, e de que nem mesmo temos força para não deixar de pecar,
pelo fato de ser algo instintivo, de nossa natureza. Me faz lembrar que sou
escravo, mas pelo amor de Deus, sou chamado de filho.
Se tratando da realidade do ser, temos
alguns pensamentos errôneos e que muitas vezes passamos a diante. Gostamos de
pensar em um céu com porteiro, e assim como em uma festa com segurança na
porta; contudo, aquele que não tiver convite e nem seu nome na lista de
presença, será convidado a retirar-se e ir ao caminho oposto. Neste caso o inferno.
Agora, pare por um instante.¹ Abra um
pouco sua mente e pense da seguinte forma: toda humanidade andando para um
abismo, do qual, também, em suas parábolas, Cristo, refere-se ao inferno;
porém, toda humanidade está vendada, amordaçada. Com tampões, para exagerar, o
que estamos imaginando. Vamos coloca-la até de capacete. Todos andando para o
precipício. E, então, Deus, lá atrás, gritando e sacudindo a cada um, “Ei!
Voltem aqui!”. “Quero amar vocês!”. Imagine que, a cada um que Deus consegue
fazer ouvi-lo, começa a voltar na contramão. Eu prefiro ficar com essa
exemplificação ao contrario da apresentada no início deste parágrafo.
Certa vez, Chesterton
disse o seguinte, "Só um corpo vivo é capaz de nadar contra a correnteza,
porque um corpo morto já se entregou a ela!" Essa frase se encaixa com o
que já tratamos, entretanto, existem aqueles que vão falar; “Mas Jesus não
disse isso”. Observem esta passagem:
“21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 22 Muitos me dirão
naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome
não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? 23 E então lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade.”
(Mateus 7: 21 a
23)
A admoestação de Jesus não é sobre o céu
ou o inferno. Se você perceber o contexto anterior, Ele está falando sobre
falsos mestres, legalismo e, até fazendo referência à expulsão de demônios. Como
vai dizer Craig Keener², que alguns judeus usavam nome de Salomão para a expulsão
de demônios³. Essa geração precisa ouvir ao Deus que está clamando. Precisa ouvir
às pessoas que estão compartilhando da mensagem do Cristo, que no ministério de
misericórdia, veio trazer para humanidade aquele que jamais ouviríamos. A
geração sempre esteve cega e isso não é novidade, entretanto, a novidade de
vida de Cristo está estampada em todos os pequenos detalhes.
Escrito por: Anderson Mattos
Revisado por: Cleber Soares
Notas:
1º www.youtube.com/watch?v=gd8v9qUXJSA (exemplo de inferno
à partir do 6:30 minutos)
2º Comentário Histórico-Cultural
da Bíblia – Craig S. Keener
3º Antiguidades –
Flavio Josefo