quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Uma geração que precisa de Deus


A iminência quanto ao evangelho, para está geração, está intimamente ligada às decorrências da pecaminosidade desenfreada do homem. É de práxis humana não se conformar como o mundo, que vem sendo regido; entretanto, sua preocupação é infundada à partir do momento em que ele não reconhece o seu papel, como componente do mundo, e um futuro cooperador para verdade cristã. Costumava pensar comigo mesmo que, a humanidade, ao decorrer do tempo, havia perdido o significado e o sentido de algumas palavras, como: amor, amigos, vida etc. Confesso que, durante esse momento, não vivia um tempo tão esclarecido como agora, porém, mantenho o posicionamento de que a semântica não confirma a prática das palavras, e nem, muito menos, os seus atos e ações; não obstante, a respeito do pouco efeito dessas palavras hoje, e a maneira pela qual esta é regida, se confirmam por meio das palavras de Jesus:

10 “Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. 
11 E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. 
12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará
13 Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. ” 
(Mateus 24: 10 a 13)

Apenas para não perdermos a veia teológica, e fazendo uma boa aplicação do texto em Mateus 24, em concordância com os estudos, seu gênero se encaixa inteiramente no que eles nominam como gêneros apocalípticos. Acostumaram-nos a aprender, que apocalipse se trata somente de uma realidade futura, mas, muito mais do que futuro, o gênero apocalíptico está ligado a algo presente, e, aplicado a boa hermenêutica, o esfriamento do amor é real em nosso tempo, diferente do que aconteceu no passado.

Como bons cooperadores desse reino, devemos prestar fidelidade a ele com total entrega de nossas vidas. Nos tempos passados, quando prisioneiros eram capturados, e eram submetidos a serem escravos, estes mesmo deveriam jurar fidelidade ao rei. A realidade de sermos escravos do pecado, e de que nem mesmo temos força para não deixar de pecar, pelo fato de ser algo instintivo, de nossa natureza. Me faz lembrar que sou escravo, mas pelo amor de Deus, sou chamado de filho.

Se tratando da realidade do ser, temos alguns pensamentos errôneos e que muitas vezes passamos a diante. Gostamos de pensar em um céu com porteiro, e assim como em uma festa com segurança na porta; contudo, aquele que não tiver convite e nem seu nome na lista de presença, será convidado a retirar-se e ir ao caminho oposto. Neste caso o inferno.

Agora, pare por um instante.¹ Abra um pouco sua mente e pense da seguinte forma: toda humanidade andando para um abismo, do qual, também, em suas parábolas, Cristo, refere-se ao inferno; porém, toda humanidade está vendada, amordaçada. Com tampões, para exagerar, o que estamos imaginando. Vamos coloca-la até de capacete. Todos andando para o precipício. E, então, Deus, lá atrás, gritando e sacudindo a cada um, “Ei! Voltem aqui!”. “Quero amar vocês!”. Imagine que, a cada um que Deus consegue fazer ouvi-lo, começa a voltar na contramão. Eu prefiro ficar com essa exemplificação ao contrario da apresentada no início deste parágrafo.

Certa vez, Chesterton disse o seguinte, "Só um corpo vivo é capaz de nadar contra a correnteza, porque um corpo morto já se entregou a ela!" Essa frase se encaixa com o que já tratamos, entretanto, existem aqueles que vão falar; “Mas Jesus não disse isso”. Observem esta passagem:

“21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? 23 E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”  
(Mateus 7: 21 a 23)

A admoestação de Jesus não é sobre o céu ou o inferno. Se você perceber o contexto anterior, Ele está falando sobre falsos mestres, legalismo e, até fazendo referência à expulsão de demônios. Como vai dizer Craig Keener², que alguns judeus usavam nome de Salomão para a expulsão de demônios³. Essa geração precisa ouvir ao Deus que está clamando. Precisa ouvir às pessoas que estão compartilhando da mensagem do Cristo, que no ministério de misericórdia, veio trazer para humanidade aquele que jamais ouviríamos. A geração sempre esteve cega e isso não é novidade, entretanto, a novidade de vida de Cristo está estampada em todos os pequenos detalhes.

Escrito por: Anderson Mattos
Revisado por: Cleber Soares

Notas:
www.youtube.com/watch?v=gd8v9qUXJSA (exemplo de inferno à partir do 6:30 minutos)

2º Comentário Histórico-Cultural da Bíblia – Craig S. Keener


3º Antiguidades – Flavio Josefo

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O exagerado chamado Jesus

Muito tem se falado do exagero nos tempos de hoje, e, vamos ser sincero, quem é que não é exagerado em alguma coisa? O grande poeta Cazuza, com suas letras inesquecíveis, não deixou de nos lembrar, o quanto o amor precisa ser exagerado, e acabou por compor certa vez:

“Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado”

Esta música é incrível no seu entendimento poético! Cazuza nada mais, nada menos, relatou, na música, o dilema que acontece em nosso interior. Mas minha grande inquietação da semana é nos exageros de Jesus, e, sendo bem sincero, quem nunca pensou que ele fosse exagerado, que atire a primeira pedra. Eu sei que o trocadilho da “primeira pedra” é um exagero, e, eu queria que você pensasse nisto, juntamente com meu exagero. Leia este texto comigo:

"Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno. E se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para o inferno". (Mateus 5:27 a 30)

Já vou logo dar um spoiler: Jesus não é exagerado. Você entendeu este texto melhor do que acha, quer ver só? Antes de uma explicação, precisamos entender o que é uma hipérbole. Hipérbole é todo exagero em cima de uma ideia, para gerar entendimento do que está sendo expresso. Por isso, acho que “exagero” é uma palavra que, nos tempos de hoje, foi rotulada como algo negativo, mas pense comigo, no sentido de demasiado ou excessivo. Jesus, na passagem citada acima, está num contexto em que, no sermão da montanha, comenta sobre o adultério, a partir da torá, para, enfim, chegar até o casamento e o divórcio. Uma coisa você pode ter certeza: você, aqui, antes de querer arrancar uma parte do seu corpo, entenda que Jesus é contra o pecado, e este é somente o que ele quer arrancar.

No sec. I, era muito comum o uso da hipérbole, com a intenção de transmitir uma mensagem. Não querendo fazer ligação, podemos perceber que, muitos dos mitos gregos são cercados de exageros, mas claro, são mitos. Você vai entender melhor quando observar àquela famosa passagem de Mateus 16. 

Desde aquele momento, Jesus começou a explicar aos seus discípulos que, era necessário que ele fosse para Jerusalém e sofresse nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia;

Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: "Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá!"
Jesus virou-se e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens".
(Mateus 16: 21 a 23)

Quem nunca ficou confuso neste texto, hein? Porque se você pensar bem, Pedro, nos dois versículos anteriores, foi elogiado, e ainda chamado de “bem-aventurado”, por ter sido revelado pelo espírito, à compreensão de que Cristo é a Pedra que está sob sua igreja.

No comentário do contexto histórico-cultural, do autor Craig Keener, de publicação da editora Vida Nova, ele vai concordar com a ideia que tenho mostrado, no sentido de que, o costume da época fazia Jesus utilizar as hipérboles, não só para entendimento de muitos como também para o seu desentendimento. Quanto a isto, nem quero entrar nesses méritos.

Jesus, ao chamar Pedro de Satanás, está provocando uma hipérbole, ao comparar a atitude de Pedro como “bem-intencionada” aos planos do maligno. O problema de acreditarmos que Pedro é tomado pelo diabo para falar tais palavras, e que chega a soar um tanto como sugestivo a uma autoridade de Satanás, de um poder além da base bíblica que temos. Uma boa base seria a tentação em Mateus 4, e também é muito incoerente, hoje, com nossa realidade cristã. Satanás não tem tal autoridade.

Em certo sentido, a vida com Jesus é um exagero. Em algumas pessoas, eu vejo como um excesso de legalismo, em outras, uma demasiada soberba ao falar do amor de Deus, e não levar a realidade do amor d’Ele. Mas em minha vida, eu tenho visto a exagerada misericórdia e o abundante amor.
                                                             
“Que o exagero de Deus, em nossas vidas, seja sempre mesmo exagerado.”

                         Escrito por: Anderson 


Revisado por: Cleber Soares

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Unidade Maligna

A unidade me traz dezenas de experiências boas, e centenas ruins. O seu problema principal como necessidade, pois anseia saciar as demandas fisiológicas e psicológicas, da qual o ser humano tem de se unir para diversos fins. Comunhão carrega consigo o alvo de alcançar um objetivo em comum, e em minhas reflexões o texto bíblico que será apresentado, certa vez apresentada pelo Pastor Rivelino Aquino, de forma que nunca havia percebido antes.

“... os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam ali, acusando-o com veemência.
Então Herodes e os seus soldados ridicularizaram-no e zombaram dele. Vestindo-o com um manto esplêndido, mandaram-no de volta a Pilatos.
Herodes e Pilatos, que até ali eram inimigos, naquele dia tornaram-se amigos.
Pilatos reuniu os chefes dos sacerdotes, as autoridades e o povo...”
(Lucas 23 – 10:13)

Obs: O foco do texto é trabalhar a então união momentânea de Pilatos e Herodes, e o antagonismo que a comunhão tem para bem ou sendo para o mal, não vou ter tempo para contextualizar o texto em seu original, mas não vejo problema de fazermos isso nos comentários de maneira respeitosa e educada.

Ao ler o versículo da união de Pilatos e Herodes, me parece cena de filme ou novela, se bem que a frieza é tamanha, que filme algum de Jesus talvez tenha essa cena de tão terrível que ela é só de imaginar. Relendo esse texto duas coisas ficam clara, a primeira é que políticas, personalidades, pensamentos filosóficos, ideias econômicas e todos os tipos de diferenças possíveis, podem se unir para um único objetivo seja ele com as melhoras das intenções cercados de convicções e virtudes, mas também, pessoas ou grupos podem se unir mesmo dominados por piores dos sentimentos, ideias, filosofias para perpetuar o mal. Uma rápida contextualização do motivo da união desses dois grupos, primeiramente precisamos entender por que eram inimigos, e isso é um pouco complexo. No ano 30 A.C.  Período que aproximadamente remonta o cenário, do que hoje conhecemos como Israel e Palestina, existiam alguns grupos judeus e com pensamentos teológicos diferentes, alguns historiadores gostam de denominar o momento desses grupos como “judaísmos”, abaixo segue os nomes e alguns detalhes importantes:

Fariseus - Grupo mais popular de sua época, com costume de usar mais a HALAKA do que os escritos que temos hoje como A.T.
Saduceus – Considerado a burguesia de sua época, são famosos por não acreditar na ressurreição.

Publicanos – Considerado os que estavam de acordo com império romano, e recolhiam o tributo de seu próprio povo.

Herodianos – Seguidores do rei Herodes, não tinha muita credibilidade do povo pelo fato de exerce certo domínio junto com Roma e pelo fato de não ser “100% judeu”, tanto que um dos feitos, do antecessor de Herodes o grande é restruturação do templo.

*Ainda existem outros grupos como Essênios, samaritanos, zelotes etc.    

Somente para não perdemos a mesma linha de raciocínio, Pilatos era representante de Roma naquela região, e estava responsável por toda questões tributaria/econômica e ação militar, enquanto Herodes designado pelo próprio império, que permitia que os povos subjugados professassem sua fé, Roma escolherá Herodes para ficar responsável pela questão religiosas e da lei de Moisés. E por este que fato que quanto os fariseus leva Jesus a Pilatos, eles não levam Jesus, diante do mesmo motivo que entre eles haveria condenado, que seria de ter se proclamado filho de Deus, eles levam sob acusação de que Jesus não consentia com pagamento de tributo a Roma. Porém como lemos no texto, o próprio Pilatos já havia entendido a situação e após um breve debate encaminha Jesus a Herodes, que seria o ideal. Explicando agora o motivo da amizade em torno do “bem em comum”, é que Pilatos não demostrará atrito nessa questão com Herodes, muito antes pelo contrário, reconheceu o que era devido segundo a sua jurisdição. Como já sabemos o final dessa história, não tem necessidade de continuidade, mas a história mostra por si mesmo, que aonde sempre houve atrito por questões políticas, também mostra que a mesma política os unirá.

 O segundo ponto que inquieta, é o quão falho o ser humano é, por tentar forma tão falha se aproximar de seu próximo sem o verdadeiro sentimento que os manterá unidos. Com a experiência de igreja, lendo sobre Jesus, filosofias e ideologias não podem unir o homem para ser instrumentos da poderosa mão de Deus, por que todo ato que envolve o homem enquanto estiver intrinsecamente ligado a pessoa de Jesus Cristo, está dominado por pecado, por qualquer boa ação de seja, a morte de Cristo nos une e nos veste do manto de sua justiça, continuamos pecadores, mas justificados pela graça do seu amor. 

Eu vejo em gênesis 11, homens se unindo para alcançar a Deus, e o seu fim trágico e chego a pensar sarcástico da parte de Deus, em mostrar que simplesmente mexendo em seus idiomas pode afetar algo que pensavam ser grande, entretanto, eu vejo Deus alcançando homens e vejo ele unificando em língua, essa que entendo que seja o amor, o vínculo da perfeição, e vejo a sua igreja a mais de dois mil anos se mantendo de pé. Tente sempre se lembrar que existem os que são unidos por fé, e os que se unem por má-fé.


Escrito por: Anderson Mattos 

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Hipocrisia como arte

Como costumo dizer: “hipocrisia é uma arte, e que não precisa de cursinho, você aprende com a vida”. Vendo muito exemplos de pessoas assim, logo, a tendência, é que você absorva tais costumes, a ponto de começar a praticar e desenvolver esse “dom demoníaco”.

O site www.significados.com.br, vai trazer a seguinte definição para hipocrisia: “Hipocrisia significa fingimentofalsidadefingir sentimentoscrençasvirtudes, que na realidade não possui. Hipocrisia deriva do latim e do grego e significava a representação no teatro, dos atores que usavam máscaras, de acordo com o papel que representavam em uma peça.”
O hipócrita é alguém que oculta a realidade através de uma máscara de aparência. Mais tarde, esse conceito, passou a designar as pessoas que representam, e que fingem comportamentos. A hipocrisia também é usada num duplo sentido. Quando alguém acredita que cabe um grupo de normas morais a um grupo, e para outro grupo, caberiam outras normas morais. Um hipócrita, muitas vezes, finge possuir boas qualidades para ocultar os seus defeitos, e por isso, é também conhecido como uma pessoa dissimulada.
A hipocrisia, com sua origem no teatro grego, é designada para alguém que se apresentava como sendo o que não era. O fato que me deixa perplexo, é ver Jesus Cristo usando a palavra tão brilhantemente dentro do seu contexto, como no seu famoso sermão dos “Aís”. Ele vai proferir mais de cinco vezes, como podemos ver no pequeno exemplo de Mateus 23:13: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo.”
Ao ler Mateus 23, lembro-me do meu primeiro discipulado junto ao meu mestre Rafael, a quem tenho até hoje como pai na fé. Este, ao ler os textos com grande temor, recomendou-me que eu lesse em casa e tentasse me colocar no lugar de Jesus, em tudo o qual Ele combatia. Até hoje esse texto tem um peso em minha vida. Ver essa ressignificação, feita de Jesus aos Fariseus, é brilhante para seu tempo. Vemos os escritos do livro de Mateus, em grego, que Cristo realmente referia-se a esse papel, da pessoa que representa algo do qual ela não era. Isto quer dizer que, esse tempo não foi simplesmente empregado por traduções que temos hoje na palavra hipocrisia. Sendo assim, temos pelo menos dois pontos para destacar: olha para seu contexto, em que os judaístas, da classe farisaica, tinham por costume usar a Halaka, que era o livro que supostamente continha a interpretação da Torah.  Outro ponto a ser pensado é o antropocentrismo. Tratando assim, de maneira mais filosófica, os fariseus gostavam de estar em destaque; no entanto, não colocavam Deus em evidência, e ainda impossibilitavam aqueles que queriam se aproximar deste.

O ato de cultuar ao homem não é só perigoso, mas ele não poderá fazer nada por você. Pense comigo: muitas vezes, em nosso ato de representar aquilo que não somos, e transvestidos de uma mensagem clichê ou até pior do que isto, uma mensagem muito intelectual da qual ninguém pode entender, contrariando aquela velha ideia de C.S. Lewis: “Deus nunca se faz de filósofo diante de uma lavadeira”, será que realmente enganamos a Deus?

Eu sei das minhas lutas, em não deixar esse dom desenvolver em mim, mas graças a Deus minha segurança está em um Deus, que luta no meu interior contra pecados, que até eu mesmo desconheço.

“Na luta contra hipocrisia quem pratica menos é quem ganha mais.”

Escrito por: Anderson Mattos


Revisado por: Cleber Soares

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Alguns avisos.

Novos dias de post

Como podem acompanhar, os dias de post de texto tem ocorrido sempre dia de terça feira, porém, devido à contratempo de trabalho e estudos, os posts ficarão para as quartas e quintas feiras.

Temas

Sabendo que os últimos temas têm sido em torno e reforma protestante e seus 500 anos, mesmo a data tendo passada, não vamos deixar de falar dos reformadores, suas ideias, suas teologias e tudo o que envolve reforma, reforma junto com outros temas do cotidiano serão postados, para que possam agregar valor a todo aquele que lê, e para que principalmente edifique os membros do corpo de Cristo.

Novos textos

Buscando uma variedade de personalidade, e de tratamento com certos temas, a busca por pessoas em que venham escrever conteúdos sólidos. A igreja hoje no quesito de pessoas para contribuir nessa obra online, tem se deparado com duas situações, pessoas que sabem bastante e estão acomodadas vendo a vida passar e sem amor ao seu próximo, para ter a humildade de corrigi-lo da maneira mais parecida com a pessoa de Jesus Cristo, o comodismo hoje na igreja, tem sido a espécie de “pecado de estimação”, não existe mais luta para sair da inércia, mas apenas em aceita-la e dar as mãos. Orem em favor dessa realidade.

Novidades para 2018

Agora um pequeno spoiler.... Está faltando um pouco menos de dois meses para acabar o ano, as expectativas por 2018 só aumentam, e um ano favorecidos, já que é ano de copa, ano de eleições para presidente no Brasil, já pode imaginar o que espera a gente até lá né? A novidade não tem haver sobre temas. Você que acompanha por aqui, aguarde as novidades em nova plataforma digital, pretendo trazer temas do cotidiano da igreja, visando unicamente edificação e ensinamento de forma fácil e pratica, trazendo desde os conflitos que igreja tem enfrentado e resolvendo da melhor maneira, com visão da teologia prática. Aguarde pois já temos temas agendados e convidados a altura de todos os assuntos abordados. Orem por mim, pela igreja de Cristo e junto nós possamos trazer mais de Cristo e também ficar longe de qualquer polemica que nada edifica.


Escrito por: Anderson Mattos

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

“Luterão” de Deus


“Luterão” de Deus


Como já muito temos ouvido, agora são 500 anos, e pra contrariar os opositores, isso é fato, é histórico e é verdade. E como eu não me canso de repetir, contra a verdade nada podemos, somente em favor da mesma. Para os que minimizam e acham que a reforma foi fruto de uma ocasião somente politica e econômica, ficarão sem argumentos ao ver um impacto que ela trás, com processo de educação.

Hoje a liberdade de pensamento que é um termo muito em voga, foi por princípio iniciado com nossos reformadores, Lutero pensando diferente da igreja no XVI, foi o primeiro a levar tal “ideologia” até o fim, Lutero, por conseguinte vai dizer “Paz se possível, mas a verdade a todo custo.” Ninguém vai até o fim por uma mentira, e sabendo do monopólio do qual a Igreja católica imperava. Se há algo em Lutero a que me inspira, é o compromisso do qual ele tinha. O caráter de Lutero não está em discussão, e ainda que tivéssemos nós protestantes, somos realistas o suficiente que como qualquer humano, Lutero tinha suas crises. Uma dos grandes ensinamentos de Lutero é o seu não conformismo, e o verdadeiro que cristão aquele que já foi justificado, ele deixou de se conforma com o sistema, e está disposto a expor a verdade diante do mundo. É só uma mensagem rápida, para gerar em nossos corações sentimento de gratidão, de que a prova que Deus não abandonou a historia, é porque ele tá sempre levantando homens mediante a sua imperfeição, para que através de sua perfeição ele trate das demandas que sequer pensamos, mas que precisamos, e para que não homens se vangloriem, para que reconheçam que somente dele é a glória. Parabéns a todos os “envolvidos”, e que os ecos da reforma permeiem e permaneçam.

Escrito por: Anderson Mattos 

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A vida requer alguma dieta

Talvez você se pergunte por que justamente esse tema, e o que implicaria falar de uma dieta? Certas coisas tem um significado mais profundo do que imaginamos, se formos no grego a origem da palavra dieta está atado a “modo de vida” ou “modo de viver”, e modo de vida tem a ver com tudo. Ainda sobre a reforma e aproveitando o mês em que fazemos 500 anos desse marco, que retrata mais um momento da vida de Martinho Lutero, a quem dos reformadores acabamos estudando um pouco mais.

Incluir dieta na introdução, está conectado a um dos momentos mais complicados da vida de Lutero, a famosa Dieta de Worms. Só para a gente não se perder e seguir uma mesma linha de pensamento. Após Martinho Lutero pregar as 95 teses em latim, no dia 31 de outubro de 1517, no castelo de Wittenberg, aonde eram colocados geralmente avisos, e numa velocidade imensa essas teses perpassam por toda Europa, graças a alguém que traduziu as teses colocou na imprensa, e muitos chegam a comparar a velocidade do fenômeno como a da internet. Lembrando que ainda em 1517 Lutero não tinha ainda concluído em seus estudos a justificação pela fé. Seguindo uma pouco mais e tratando resumidamente, as teses chegam as mãos do papa e envia um representante da igreja (cardeal Cajetano) solicitando que Lutero se retrate dos seus escritos, e Lutero pela primeira vez, vai se recusar se retratar. Depois de haver passado debates, livros lançados por Lutero, na primavera de 1521, teremos a dieta de Worms na Alemanha, e o ponto do qual eu queria chegar.

A dieta de Worms, em relação a Lutero, foi especificamente o pedido para que se retratasse diante de alguns representantes da igreja, o imperador Calos V e alguns príncipes da Germânia. Fato é que nosso reformador, dotado de grande estratégia, após ter todos seus escritos mostrados diante de todos, cercado de tamanha certeza e estratégia, parafraseando o reformador “Retratasse de exatamente o que? Ali havia comentários bíblicos, devocionais, livros etc. Precisava de apenas um dia para analisar tudo” Lutero com sua ideia de pegar todos desprevenidos, e ganhar tempo, acabam por conceber. No dia seguinte como já não dava mais para esperar e o que já era inevitável, ele diz a seguinte frase tão eloquente “...A menos que se me convença por testemunho da Escritura ou por razões evidentes – posto que não creio no papa nem nos concílios somente, já que está claro que eles têm se equivocado com frequência e tem se contradito entre eles mesmos -, estou acorrentado pelos textos escriturísticos que tenho citado e minha consciência é uma escrava da palavra de Deus. Não posso nem quero retratar-me em nada, porque não é seguro nem honesto atuar contra a própria consciência. Que Deus me ajude. Amém” está é a frase celebre de Luteroque o que muitos vão falar que é o fim da chamada idade média, é claro que acho um tanto tendencioso pensar dessa forma, mas é fato que após isso ele é de fato condenado pelos seus escritos.

Os dois parágrafos acima, é na verdade o famoso dito popular “resumo do resumo”, na realidade eu quero trazer luz os princípios da reforma neste momento e não a história com ricos detalhes. Durante muito tempo eu vi um Lutero nervoso diante de um imperador e os representantes do clero, alguém que sabia todo o poder da igreja, e que até em seu livro publicado antes mesmo da dieta “Do cativeiro babilônico da igreja” no qual retrata por completo o clero católico. Lutero sabia o que poderia acontecer, e como diria um certo professor meu “O medo bateu a porta daquele coração”, e olhando todo seu histórico conclui que sempre foi alguém com medo e paranoico. Mas recentemente estudando Lutero novamente e seguindo até novas fontes, eu penso no Lutero guiado por Deus, é claro que a pessoa de nosso reformador terá seus excessos, cometerá seus “vacilos”, contudo não posso abandonar a premissa que Deus usa a imperfeição humana para guiar a história sob sua perfeição, e além do mais tenho como forte convicção o que palavra de Deus vai dizer em 2 Timóteo 1: 7-8:

“...Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.
Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus...”

Quando olhos essas duas premissas eu sou obrigado, a ver a história não com anacronismo, mas pela Soberania de Deus, que usa pecadores corrompidos, para serem alvos de sua justiça, que toma o meu pecado e cede sua luz, justiça e amor para com minha vida. Agora vejo um Lutero não desamparado, não obstante, firme em Deus o qual ele vai chamar de “castelo forte e refúgio”, não há nenhuma tentativa de “romantizar” essa história, acredito que a fala final defina sob qual era realmente a intenção do reformador alemão. De maneira prática que possamos nos posicionar diante dos fatos contrários, que requerem uma posição nossa a qual Deus nos cobra, que a luz de Deus nos ilumine e nos faça ferramentas em suas mãos para reformar, seguindo o lema da reforma “sempre reformando”, e que a cima de tudo, diante das dietas possamos mostrar o modo correto de viver.


Anderson Mattos









Uma geração que precisa de Deus

A iminência quanto ao evangelho, para está geração, está intimamente ligada às decorrências da pecaminosidade desenfreada do homem. É de ...